todo dia é assim, tem mato e sede no jardim.
encho a mesa da varanda de bolos lindos feito sonhos.
enfeito os cantos, canto e penso,
que essa varanda é o mundo todo.
mas se eu distraio lá vem coro,
se não tem colo tem só choro,
danço, embalo, canto e conto,
até velar sono a sono.
de tardezinha, hora da boa, tiro as roupas do varal,
aumento o som, olho pro céu e sento um pouco no degrau.
às vezes choro só um pouquinho, às vezes chego a esperar.
desembaraço, faço tranças e quase esqueço do jantar.
nas madrugadas, no silêncio,
sou só eu a costurar,
o meu vestido rodado que é lindo de suspirar.
e na manhã que terminar, vou sair de blush e laço,
vou encontrar o meu par e vou morar no seu abraço.
publicado em 04/10/2009.
Nenhum comentário:
Postar um comentário